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23/04/2012

Democracia: Como transformar revoluções e violência em regimes democráticos

Encontro em Istambul discute a influência do Brasil e de outras democracias emergentes no estabelecimento do Estado Democrático de Direito na Síria, Egito, Líbia e Afeganistão. Conectas participa e chama atenção para o 'risco de adotar velhas fórmulas'

Encontro em Istambul discute a influência do Brasil e de outras democracias emergentes no estabelecimento do Estado Democrático de Direito na Síria, Egito, Líbia e Afeganistão. Conectas participa e chama atenção para o 'risco de adotar velhas fórmulas' Encontro em Istambul discute a influência do Brasil e de outras democracias emergentes no estabelecimento do Estado Democrático de Direito na Síria, Egito, Líbia e Afeganistão. Conectas participa e chama atenção para o 'risco de adotar velhas fórmulas'

Síria, Egito, Líbia e Afeganistão passam por transformações profundas – especialmente depois da chamada Primavera Árabe e de longos períodos de violência que afetaram a região. Mas as rápidas mudanças podem ser frustradas também rapidamente, caso mudanças conquistadas pelas manifestações populares, alvo de violenta repressão, não tragam como resultado a consolidação de uma cultura democrática de fato. Para isso, é preciso que os países desenvolvidos deixem de lado velhos vícios da política internacional e que as chamadas democracias emergentes contribuam para o processo de forma condizente com valores – democráticos e de direitos humanos – que defendem em âmbito nacional.
Para discutir a questão e saber de novos atores como Brasil, Turquia, África do Sul, Índia e Indonésia o que elas mesmas pensam sobre seu papel na consolidação de regimes democráticos, especialmente no Oriente Médio, é que a Conectas participa em Istambul do seminário “Supporting democracy: engaging and developing policies with transition countries – the role of rising global actors”, promovido pelo Wilton Park, agência independente ligada ao Ministério de Relações Exteriores britânico.
“Cada vez mais se fala no papel das democracias emergentes – como o Brasil – na promoção dos direitos humanos e do Estado Democrático de Direito no mundo. Toda essa expectativa é resultado tanto do novo papel internacional do Brasil como quanto do desgaste e da frustação diante da forma como tradicionalmente países influentes vêm atuando nessa área. A política externa de países como o Brasil apresenta oportunidades de inovação e superação de modelos verticais, mas é preciso superar suas limitações, sobretudo aquelas derivadas de um pragmatismo exarcebado”, disse Camila Asano, coordenadora de Política Externa e Direitos Humanos da Conectas, em Istambul.
O evento reúne representantes de alto nível de mais de 40 organizações, governos e universidades, interessados em debater os rumos das novas democracias.

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