Voltar
-
20/05/2015

De Guantánamo às prisões secretas da CIA

Debate aberto sobre abusos cometidos pelos EUA acontece dia 27 de maio em SP



Como explicar a existência da prisão de Guantánamo apesar de todas as ilegalidades nela existentes? Qual a importância do reassentamento dos presos que já estão livres de acusações, mas continuam detidos nesta base naval americana em Cuba? Como responsabilizar judicialmente as autoridades envolvidas em casos de tortura e que impacto isso tem na garantia de direitos humanos nos Estados Unidos e no mundo?

Essas e outras questões que rodeiam o relatório parcial do Senado americano sobre o uso da tortura pela CIA (a agência de inteligência dos Estados Unidos) serão debatidas em evento aberto do XIV Colóquio Internacional de Direitos Humanos – encontro que reúne cerca de 150 ativistas, defensores e especialistas de 40 países em São Paulo.

Ao contrário das demais atividades do Colóquio, restritas aos participantes selecionados, esta contará com 50 vagas para o público externo. A inscrição pode ser feita através de formulário online.

Dividem a mesa Jéssica Carvalho Morris, diretora executiva da Conectas, Polly Rossdale, da Reprieve, Jamil Dakwar, da ACLU (American Civil Liberties Union) e Gastón Chillier, do Cels (Centro de Estudios Legales y Sociales).

“Um dos grandes objetivos do encontro, além de debater temas específicos, é abrir espaço para questões atuais e relevantes para o movimento de diretos humanos no mundo”, afirma Ana Cernov, coordenadora do programa Sul-Sul da Conectas. “Sem dúvidas, o uso sistemático e impune da tortura por um país como os Estados Unidos afeta a luta pelos direitos humanos no mundo e não poderíamos perder a oportunidade de discuti-lo com um público tão rico e diverso como é o do Colóquio.”

Violação continuada

O debate sobre o fechamento de Guantánamo ganhou novo fôlego em dezembro de 2014, com a divulgação parcial de um relatório do Senado americano que atesta o uso sistemático da tortura por parte de autoridades do governo americano nesta e em prisões secretas mantidas pelos EUA.

Segundo dados da ACLU (American Civil Liberties Union), 57 detentos de já tiveram os processos revistos e estão com as fichas limpas. Outros 33, que sequer passaram por julgamento e contra os quais não há provas suficientes, aguardam uma solução em prisão indefinida.

Na última Revisão Periódica dos Estados Unidos na ONU, ocorrida no dia 11/5, pelo menos 11 países recomendaram expressamente o fechamento do presídio. Outros 19 mencionaram as violações que ocorrem dentro do complexo em seus pronunciamentos.

Serviço

Debate aberto: EUA e Tortura – De Guantánamo às prisões secretas da CIA

Quando: 27/5, das 18h às 20h

Onde: Praça das Artes (Av. São João, 281)

Inscrições: clique aqui para acessar o formulário online

Informe-se

Receba por e-mail as atualizações da Conectas