Organizações e ativistas de direitos humanos rechaçaram uma possível “opção militar” liderada pelos Estados Unidos como solução à crise política e econômica na Venezuela. A ideia foi trazida à tona pelo presidente norte-americano Donald Trump, durante uma entrevista.
Em nota, 34 entidades venezuelanas, muitas delas hoje consideradas oposição ao governo Maduro, expressaram preocupação com a declaração de Trump e refutaram qualquer intervenção da comunidade internacional – ou de um país – que resulte em mais sofrimento ao povo venezuelano. O documento reafirma a necessidade de fortalecimento de mecanismos de proteção de direitos humanos que possibilitem uma negociação pacífica para a crise pela qual atravessa o país.
Em entrevista coletiva realizada em 11 de agosto, Trump afirmou considerar várias opções para a Venezuela, inclusive a militar, se necessário. “Nós estamos por todo o mundo e nós temos tropas por todo o mundo, em lugares que são muito longe, e a Venezuela não está longe, e as pessoas estão sofrendo e morrendo.”
As declarações de Trump provocaram reações do Mercosul. Em nota, os países do bloco consideraram que “os únicos instrumentos aceitáveis para a promoção da democracia são o diálogo e a diplomacia. O repúdio à violência e a qualquer opção que envolva o uso da força é inarredável e constitui base fundamental do convívio democrático, tanto no plano interno como no das relações internacionais”.