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11/07/2022

Criola, Conectas e Portal Catarinas realizam segundo ciclo de debates sobre racismo religioso

Evento online nesta quinta-feira (14) discute modos de fortalecimento das articulações em prol da busca de direitos e justiça para as religiões de matriz africana; veja como participar



Criola, Conectas e Portal Catarinas, com apoio de Synergia, se reúnem novamente, no dia 14 de julho de 2022, para o segundo encontro on-line do “Diálogos sobre racismo religioso”, um ciclo de debates público, gratuito e de amplitude nacional. O evento será transmitido ao vivo, entre às 18h e 20h, na página do Facebook da Conectas. 

Qual o papel do Direito diante da ausência de justiça e garantia de liberdade de expressão e crença para as religiões de matriz africana? Quais as possibilidades de justiça para quem sofre com ataques decorrentes do fundamentalismo religioso e do discurso de ódio crescentes no Estado Brasileiro? Essas são algumas questões que estarão em debate que busca contribuir para o fortalecimento das articulações em prol da busca de direitos e justiça para as religiões de matriz africana.

Participam do encontro as advogadas Ingrid Limeira, conselheira tutelar de Santo André e conselheira política da Ocupação Cultural Jeholu, e Vera Baroni, integrante da Coordenação Executiva Colegiada da Rede das Mulheres de Terreiro de Pernambuco e Coordenação da Uiala Mukaji Sociedade das Mulheres Negras de Pernambuco; e o advogado Hédio Silva, Coordenador Executivo do IDAFRO (Instituto de Defesa das Religiões Afro-Brasileiras).

No primeiro encontro, realizado em 5 de maio e disponível no Youtube do Portal Catarinas, as convidadas e convidados foram enfáticos ao defender que a expressão da intolerância religiosa não faz justiça à violência sofrida pelas religiões de matriz africana e nem oferece ferramentas  para sua defesa. Não é intolerância, é racismo! 

“Trata-se de uma prática persistente, consistente, do estado brasileiro e de setores da sociedade.  E essa prática, o tipo de legislação e o tipo de ação política  que cabe ao estado, mesmo ele sendo também um violador, não são suficientes para abarcar a ideia de intolerância”, Lúcia Xavier, coordenadora da ONG Criola. 

Nesta segunda etapa do ciclo, os participantes vão falar justamente sobre o papel que cabe ao Direito e ao Estado Brasileiro na proteção, garantia de direitos, liberdade e justiça aos povos afetados pela violência crescente promovida pelo fundamentalismo religioso e pelos discursos de ódio.  

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