Crimes contra direitos humanos em Honduras são alvo de denúncia da Conectas e ONGs parceiras
Execuções, torturas e desaparecimentos forçados estão na lista de crimes ocorridos depois do golpe de Estado de 2009
Os mais de 18 assassinatos de jornalistas, os crimes de tortura e desaparecimento forçado, além das ameaças e restrições a liberdades individuais ocorridas em Honduras desde o golpe de Estado de 2009 foram alvo de um pronunciamento oral feito ontem (13/03) pela Conectas e ONGs parceiras durante a 19ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.
O governo hondurenho fez uso hoje de seu direito de resposta em plenário, apresentando o que seriam políticas públicas para responder a esta situação, sem questionar, entretanto, as informações contidas no pronunciamento.
“O incêndio que matou mais de 360 pessoas no presídio de Comayagua, em fevereiro, foi o acontecimento mais noticiado em relação ao que ocorre em Honduras. Mas este não é o único problema. Temos notícias de uma longa lista de crimes contra os direitos humanos que vêm ocorrendo de maneira preocupante no país desde o golpe de Estado”, disse Camila Asano, coordenadora de Política Externa e Direitos Humanos da Conectas.
O pronunciamento oral foi lido no plenário do Conselho pela representante da Conectas e das organizações parceiras Cels (Argentina) e Humanas (Chile) em Genebra, Mara Arizaga. Além das três ONGs, o Comitê de Familiares de Detidos-Desaparecidos em Honduras (Cofadeh) também apoia a intervenção oral, que denuncia ainda a sanção de leis restritivas a liberdades individuais, especialmente a Lei Antiterrorismo.
Leia a íntegra do discurso apresentado pelas organizações no plenário.
