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11/01/2013

Conectas volta a questionar governo sobre ‘visto humanitário’ para haitianos

Um ano depois, permanecem dúvidas sobre eficácia da ação

Um ano depois, permanecem dúvidas sobre eficácia da ação Um ano depois, permanecem dúvidas sobre eficácia da ação

Conectas enviou na quarta-feira (09/01) uma carta ao Brasil com quatro perguntas sobre o chamado ‘visto humanitário’ concedido a haitianos que pretendem reconstruir suas vidas no País. O instrumento foi criado há um ano com a intenção declarada de evitar principalmente o tráfico internacional de pessoas, mas as dúvidas sobre critérios, números de vistos expedidos e eficácia da medida, além dos prejuízos para a concessão de refúgio nunca foram totalmente elucidadas.

As quatro perguntas foram endereçadas aos ministérios das Relações Exteriores, Justiça e Trabalho, além da Secretaria Geral da Presidência da República e a Secretaria de Direitos Humanos. “Conectas saúda a regularização dos haitianos que já estavam no território brasileiro, postura condizente com uma política migratória pautada pelos direitos humanos”, diz o documento. “No entanto, seguimos com apreensão os desdobramentos da medida, inclusive a demora de quase três meses para que haitianos que extavam em trânsito quando a Resolução Normativa Nº 97 foi adotada fossem acolhidos pelo Estado brasileiro”, complementa.

“O diálogo e a transparência são fundamentais para aperfeiçoar a medida. Qualquer política que o Brasil adote em relação aos haitianos deve ser apresentada e debatida com a sociedade, tendo como norte o caráter realmente humanitário e solidário que a situação exige”, disse Juana Kweitel, diretora de Programas da Conectas. “Esperamos respostas principalmente sobre a quantidade de vistos concedidos em Porto Príncipe, a razão para os vistos negados e a estratégia de comunicação adotada no Haiti para que os candidatos saibam da existência deste mecanismo e do procedimento adequado para postulação”, agregou.

O documento pergunta ainda que medidas foram adotadas pelo Governo Federal para ajudar os Estados brasileiros que têm recebido as levas de imigrantes haitianos, muitos deles dependentes de amparo social.

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