Peça chave no impasse sobre a guerra civil na Síria e em seguidos atentados à liberdade de expressão, perseguição de minorias e tortura policial dentro de seu próprio território, o governo da Rússia enviará ao Rio de Janeiro, no dia 11 de junho, seu chanceler, Serguei Lavrov.
Conectas deseja saber qual será a posição do governo brasileiro em relação às violações de direitos humanos cometidas pela Rússia, ou favorecidas por seus atos e omissões, especialmente na crise Síria, onde a iniciativa de embargo à venda de armas encontra entraves em Moscou.
Em carta enviada ontem ao chanceler brasileiro, Antônio Aguiar Patriota, a organização se declara “apreensiva com a tímida atuação do governo brasileiro no 2º Ciclo da Revisão Periódica Universal da Rússia, quando o governo brasileiro não se pronunciou sobre o crescente cerceamento do governo russo à atuação de ONGs no país, inclusive com a adoção de lei, no ano passado, que impõe a adoção de medidas abusivas de controle sobre organizações que recebem financiamento externo”.
A carta também lembra que “em oportunidades anteriores, como na visita oficial da presidente da República aos Estados Unidos, em abril de 2012, e à Rùssia, em dezembro de 2012, a organização reforçou junto ao governo brasileiro a importância da inclusão dos direitos humanos na agenda de visitas oficiais de nossas autoridades a outros Estados e vice-versa”.