Conectas e ONG iraniana pedem que Brasil aborde direitos humanos em visita oficial a Teerã
Agenda bilateral não pode ignorar as mais de 670 execuções cometidas pelo regime em 2011
Agenda bilateral não pode ignorar as mais de 670 execuções cometidas pelo regime em 2011
A Conectas Direitos Humanos e a Campanha Internacional pelos Direitos Humanos no Irã (
ICHRI, na sigla em inglês) pediram ao Itamaraty por meio de uma carta enviada no dia 17 de maio que o governo brasileiro dê transparência à agenda da visita que será realizada a Teerã pelo embaixador Cesário Melantonio Neto no dia 28 de maio e inclua na pauta do encontro oficial questões de direitos humanos.
“O governo iraniano executou 670 pessoas em 2011, há centenas de presos políticos no país, incluindo ao menos 42 jornalistas, 30 ativistas estudantis e 7 advogados de direitos humanos”, dizem as organizações. “Queremos que a situação atual de direitos humanos seja incluída na pauta e tenha proeminência nas gestões”, pede o documento.
O governo brasileiro também é instado a realizar as gestões bilaterais necessárias para que o relator especial da ONU tenha sua entrada finalmente autorizada no Irã – uma vez que o cargo foi criado em março de 2011, com apoio do Brasil, entre outros países.
“Também é importante que, após o término da missão, o governo torne público o resultado alcançado, uma vez que gostaríamos de cultivar um diálogo permanente com o governo brasileiro sobre este tema”, diz Camila Asano, coordenadora de Política Externa e Direitos Humanos na Conectas.