Nesta quinta-feira (22), a Conectas alertou a comunidade internacional sobre a criminalização de pessoas que usam álcool e outras drogas de forma excessiva e o desmonte dos serviços públicos voltados para esta população no Estado de São Paulo. O discurso foi apresentado na 53ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
De acordo com a organização, as iniciativas que visam o atendimento humanizado para essa população vem sofrendo cada vez mais ofensivas: desmonte de equipamentos públicos de acolhimento e tentativas de criminalização da prática de redução de danos.
“Após a extinção de um dos principais centros de referência e acolhimento de São Paulo, mais de 460 internações compulsórias em Comunidades Terapêuticas foram facilitadas pelo uso de câmeras na cena de uso aberto conhecida como Cracolândia”, disse o representante da Conectas na ONU.
Durante o discurso, a Conectas também reportou à ONU sobre o caso do homem amarrado por policiais militares neste mês em São Paulo. “O uso das forças de segurança também vem sendo feito de formas cada vez mais violentas. Neste mês, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, ao realizar a prisão de uma pessoa acusada de furto e que tinha feito uso de substâncias químicas, utilizou cordas para contê-la, uma prática de tortura”, disse a manifestação.