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09/11/2015

Conectas condena detenção de ativista egípcio

Desde domingo a Justiça Militar do Egito mantém sob sua custódia e em localização desconhecida o defensor de direitos humanos Hossam Bahgat

Desde domingo a Justiça Militar do Egito mantém sob sua custódia e em localização desconhecida o defensor de direitos humanos Hossam Bahgat Desde domingo a Justiça Militar do Egito mantém sob sua custódia e em localização desconhecida o defensor de direitos humanos Hossam Bahgat

Conectas Direitos Humanos se soma à condenação global pela detenção ilegal do defensor de direitos humanos e jornalista egípcio Hossam Bahgat, exige sua imediata libertação e a retirada das acusações contra ele.

Desde ontem, domingo (8/11), a Justiça Militar do Egito o mantém sob sua custódia. Bahgat é fundador da prestigiada organização Egyptian Initiative for Personal Rights e hoje escreve para o website Mada Masr. Hossam é uma referência internacional para questões de direitos humanos no Egito e esteve no Brasil em 2013 para participar do Colóquio Internacional de Direitos Humanos organizado pela Conectas.

Bahgat foi detido após publicar um artigo na imprensa com denúncias contra o governo. Ele foi interrogado inicialmente sem a presença de seus advogados e, de acordo com organizações egípcias, Hossam não foi hoje apresentado ao Procurador. A Justiça Militar se negou a informar aos seus advogados o lugar onde o mantém detido, em violação do direito egípcio e internacional.

A detenção arbitrária de Hossam Bahgat se soma às graves e sistemáticas violações de direitos humanos registradas no Egito. A perseguição e criminalização de defensores de direitos humanos e o cerceamento das liberdades de expressão e de imprensa são alguns dos abusos frequentes. As autoridades têm utilizado a legislação antiterrorismo para perseguir ativistas e jornalistas.

Organizações egípcias afirmaram hoje que “a detenção de Bahgat é uma forma direta de intimidação e vai ter um efeito dissuasivo nos jornalistas que tentam ampliar as fronteiras do limitado espaço para a liberdade de expressão no Egito de hoje”.

Veja aqui a nota das entidades na íntegra.

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