Conectas encaminhou, nesta sexta-feira (22), um documento com uma série de recomendações técnicas ao CIAEAR (Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apoio e Reparação).
Criado pela Vale em janeiro deste ano, o órgão tem a função de acompanhar as providências destinadas ao apoio às vítimas e de monitorar a reconstrução das áreas atingidas pelo rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
Por meio do documento, a organização aponta caminhos que facilitem o acesso à justiça por partes daqueles que ainda sofrem com violações causadas pelo desastre. Uma das propostas é a adoção de boas práticas para que empresas possam lidar com crimes ambientais e humanitários sem prejudicar ainda mais as vítimas.
Algumas outras recomendações são no sentido de adequar as ações de reparação a parâmetros internacionais, como as medidas estabelecidas pela ONU, e a criação de um canal de diálogo permanente com as pessoas atingidas, além do fornecimento de assistência médica e jurídica.
Já entre as falhas apontadas pela entidade estão a negação de reparação integral de danos causados ao meio ambiente, como contaminação de rios e desmatamento de florestas, e a ausência de vítimas nos órgãos decisórios, que conduzem os processos indenizatórios.