Conectas alerta para ataques a imprensa no Brasil
País cai no ranking da ONG Repórteres Sem Fronteiras, com 3 assassinatos desde janeiro
País cai no ranking da ONG Repórteres Sem Fronteiras, com 3 assassinatos desde janeiro
O Brasil caiu 41 posições no ranking de liberdade de expressão da ONG Repórteres Sem Fronteiras. Desde janeiro, três jornalistas foram assassinados no país, que, em 2011, foi considerado pelo International News Safety Institute (INSI) o 8º país mais perigoso do mundo para o trabalho jornalístico.
“Assassinatos de jornalistas são mais que um drama pessoal, para as famílias e os colegas envolvidos. Quando envolvem de fato motivação política, estes crimes têm um impacto devastador em toda a cadeia de respeito aos direitos humanos porque rompem um elo estratégico da cadeia, debilitando a capacidade de fiscalização, identificação e denúncia dos violadores de direitos humanos em escala global”, disse João Paulo Charleaux, coordenador de Comunicação da Conectas. “Esta escalada da violência contra os jornalistas é alarmante e a Conectas está empenhada em estreitar a colaboração com as outras organizações que atuam neste tema.”
Preocupada com a violência contra os jornalistas no Brasil, a Conectas decidiu trabalhar este ano em cooperação com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) para descobrir formas de combater os ataques à liberdade de expressão. Como primeiro passo, Conectas participará do 7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji, de 12 a 14 de julho, em São Paulo. João Paulo Charleaux será um dos professores do curso que aborda medidas concretas de proteção para os jornalistas.
“A Abraji firmou em 2011 uma parceria com o INSI para o estabelecimento de um programa contínuo de treinamento de jornalistas para atuação em situações de risco”, diz o presidente da entidade, Marcelo Moreira. “Paralelamente, a Abraji segue trabalhando para que casos de agressões, ameaças e atentados contra jornalistas sejam esclarecidos com a maior rapidez pelas autoridades. Autores de crimes contra jornalistas e contra a liberdade de expressão não podem ficar impunes.”
As duas organizações também acordaram a realização de reuniões bilaterais em São Paulo para monitorar a situação e discutir formas de cooperação caso a caso, especialmente por meio do Programa de Justiça da Conectas.
Saiba mais sobre os crimes acessando: http://en.rsf.org/brazil-third-journalist-s-murder-confirms-14-02-2012,41875.html
Conheça a posição da Abraji: http://www.abraji.org.br/?id=90&id_noticia=1924