A Assembleia Geral da ONU acaba de aprovar a 13ª resolução sobre a Síria. Brasil e outros 132 países votaram a favor, enquanto 31 se abstiveram e 12 votaram contra – entre eles, Rússia e China, que vetaram qualquer medida coercitiva no Conselho de Segurança, ainda que nenhuma proposta previsse o uso da força.
Os pontos de destaque da resolução aprovada são: solicitação para que o regime sírio cumpra “estritamente” suas obrigações internacionais com relação às suas armas químicas e biológicas; apelo para que o CS tome medidas à responsabilização dos perpetradores de violações de direitos humanos e crimes contra a humanidade; e pedido de acesso irrestrito e seguro das equipes de ajuda humanitária. A Assembleia também deplora o impasse no CS no preambulo da resolução.
Para Conectas o caso deve ser encaminhado imediatamente ao Tribunal Penal Internacional (TPI), um embargo de armas deve ser imposto ao país, sanções dirigidas à cúpula do regime devem ser adotadas e as partes devem respeitar os direitos humanos e o direito humanitário.
Desde o início da crise, mais de 15 mil pessoas morreram e há cerca de 1,5 milhão de deslocados e refugiados no país. A resolução só terá efeito se posta em prática. E isso é de responsabilidade da comunidade internacional que vem falhando repetidamente, deixando as vítimas em segundo plano.