Armas de fogo
Parlamentares querem revogar Estatuto do Desarmamento; somos contra
Mais de 70% dos 50 mil homicídios no Brasil, em 2013, foram cometidos por arma de fogo, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Este cenário desolador, pior do que muitos locais onde ocorrem oficialmente conflitos armados, poderá ser ainda mais violento.
Na última década, um fator de diminuição do número de homicídios no Brasil foi o Estatuto do Desarmamento, de 2003, que levou à entrega voluntária de mais de meio milhão de armas nos dois anos seguintes à sua aprovação e a redução das mortes por armas de fogo em 12%, de acordo com dados do Ministério da Saúde de 2006.
Mas deputados da chamada “bancada da bala”, grupo de parlamentares ligados à indústria de armas, ex-policiais e militares, se organizam para revogar o Estatuto e facilitar o porte de armas. O projeto de lei 3722/2012 do deputado Peninha Mendonça (PMDB/SC) pode ser votado em plenário no dia 10 de dezembro.
Para pressionar o Congresso,entidades da sociedade civil, manifestaram-se contra a revogação e pela participação da população. “É inconcebível que uma lei surgida de uma grande mobilização da sociedade civil, precedida de 3 anos de intensos debates e que se tornou um modelo de controle de armas em vários países, seja ameaçada desta forma. Esperamos que os deputados (…) tenham a coragem de enfrentar um debate amplo e técnico antes de qualquer deliberação”, diz documento assinado por Instituto Sou da Paz, Conectas, Igarapé e Viva Rio, além de outras instituições da sociedade civil entregue aos congressistas.
Leia aqui carta de entidades da sociedade envidada ao Congresso.
