Neste sábado, 14 de março, completam dois anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson. Apesar de alguns avanços nas investigações, muitas perguntas permanecem sem respostas. As autoridades ainda não foram capazes de identificar as motivações para o crime, nem tampouco seus mandantes.
Por conta das medidas adotadas para conter a propagação do coronavírus, os atos programados para este sábado em diversas cidades, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, foram cancelados. Cabe, porém, reforçar outras mobilizações em homenagem à história e ao legado de Marielle, bem como seguir cobrando por justiça.
Apesar da busca por respostas, sabemos desde o início que Marielle foi executava pelo que ela representava: uma mulher negra, periférica e LGBT ocupando posição de poder e militando pelos direitos de seus semelhantes. O ativismo político de Marielle a tornou alvo e por isso este crime é um atentado à democracia e ao Estado democrático de direito.
Seguimos cobrando investigações ágeis, transparentes e responsáveis para elucidar a execução de Marielle e Anderson. Apoiar esta causa significa lutar em defesa da democracia, dos direitos humanos, contra o racismo estrutural e outras formas de discriminação.
Apesar do cancelamento dos atos, suas organizadoras vão promover um “Amanhecer por Marielle e Anderson”. São Paulo, por exemplo, acordará com uma grande faixa em um ponto de visibilidade da cidade. Quem desejar se juntar ao movimento está convidado a pendurar uma faixa, lenço, pano amarelo ou girassol em sua janela, laje ou varanda, na rua ou na praça perto de casa. Também está convidado a fazer fotos, vídeos e postagens nas redes sociais com a hasgtag #JustiçaPorMarielleEAnderson.
Quem quiser informações sobre ações realizadas em outras cidades do país ou materiais para promover sua mobilização local, sugerimos acessar o site do Instituto Marielle Franco e a página de Facebook do ato #AmanhecerPorMarielle de São Paulo.