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19/06/2018

EUA anunciam saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU

USA Ambassador for the UN, Nikki Haley, announces the country’s withdrawal from the Council. USA Ambassador for the UN, Nikki Haley, announces the country’s withdrawal from the Council.

Sob a justificativa de que o Conselho de Direitos Humanos da ONU é “hipócrita” e age com uma “parcialidade crônica anti-Israel”, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e a embaixadora do país na ONU, Nikki Haley, anunciaram a saída dos Estados Unidos do órgão. O pronunciamento ocorreu durante a 38ª sessão do Conselho, que estará reunido em Genebra até o dia 6/7.

>> Saiba o que é e como funciona o Conselho de Direitos Humanos

A decisão vem no momento em que o país é alvo de críticas sofridas pela política de tolerância zero de migração, que inclui a separação famílias migrantes na fronteira com o México, à qual o alto comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein, classificou como “irracional” na última segunda, 18/6. Em maio, os EUA votaram contra uma resolução do Conselho que tinha como objetivo enviar investigadores internacionais para examinar a violenta reação das forças de segurança israelenses contra palestinos na Faixa de Gaza.

“A saída dos Estados Unidos do Conselho é uma decisão lamentável, porém não surpreendente. Ela vem na mesma linha de decisões anteriores da administração Trump, como a retirada do país do Acordo de Paris, numa estratégia contrária a acordos multilaterais que fortalecem políticas globais de proteção de direitos e combatem violações e retrocessos. Ainda assim, a retirada não significa um golpe de morte no Conselho, que já funcionou antes sem os EUA como membro” explica Juana Kweitel, diretora-executiva da Conectas. “Se uma das demandas principais dos EUA era combater a suposta seletividade, a discussão deveria ser feita no âmbito do Conselho, e não fora dele” completa.

 

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