Em carta enviada à ONU, nesta quinta (27/08) cerca de 60 organizações de diversas partes do mundo expressaram preocupação sobre as violações de direitos humanos cometidas pelo governo das Filipinas no contexto da chamada “guerra às drogas”.
O documento foi endereçada ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que realiza sua 45°sessão de debates entre 14 de setembro à 06 de outubro.
As entidades enfatizam a necessidade de serem realizadas investigações imparciais sobre recentes assassinatos ocorridos no país envolvendo autoridades de segurança pública em operações de combate a traficantes de entorpecentes.
Desde que o atual presidente, Rodrigo Duterte, assumiu o cargo, em junho de 2016, a situação dos direitos humanos no arquipélago asiático sofreu um “declínio dramático”.
Segundo dados oficiais, 8.663 pessoas foram mortas no no contexto da guerra às drogas. No entanto, a Comissão de Direitos Humanos das Filipinas indica que o número é, pelo menos, três vezes maior.
A Comissão aponta que entre os mortos estão defensores dos direitos humanos e críticos do governo, ativistas, jornalistas, líderes religiosos, líderes sindicais, líderes indígenas e camponeses e indivíduos que são membros de grupos filiados à esquerda política e discordam da guerra antidrogas adotada por Duterte.