Em pronunciamento realizado hoje, 20, durante a 37a Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, 102 organizações — entre elas, a Conectas — denunciaram o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A falta de repasse de recursos para os programas de proteção de defensoras e defensores de direitos humanos também foi criticada.
Além do reforço nos programas de proteção, as entidades exigiram que o governo brasileiro investigue o caso de maneira “imediata, imparcial e independente, levando os responsáveis à Justiça, considerando seriamente a hipótese de execução extrajudicial, e dando proteção à sobrevivente do ataque”.
A trajetória e o legado de Marielle também foi exaltado pelas organizações. O pronunciamento ressaltou que o mandato da vereadora foi pautado pelo combate ao racismo estrutural e à violência de grupos vulneráveis.
“A força, o engajamento e o espírito de sororidade de Marielle devem servir de fonte de inspiração para o trabalho necessário para a promoção e proteção dos direitos humanos, em particular para os grupos mais marginalizados”, reforçaram as entidades.
Até o fechamento dessa nota, o Estado brasileiro não respondeu ao pronunciamento.