A crise humanitária vivida pela Venezuela e o crescente fluxo migratório foram discutidos, na última sexta-feira, 11, durante a audiência da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) na República Dominicana.
Organizações de direitos humanos que trabalham com a questão da migração expuseram a constante violação de direitos sofrida pelos refugiados nas Américas e Caribe e pediram que a CIDH garanta que os países protejam os direitos dos refugiados em seus territórios e entendam a necessidade da acolhida humanitária.
Camila Asano, coordenadora de programas da Conectas, acredita que uma acolhida mais humanitária e menos militarizada é fundamental para garantir a integração desses migrantes à sociedade. “É preciso que os países reconheçam a situação de extrema fragilidade enfrentada pelos refugiados e adotem medidas que promovam condições dignas de abrigamento e sobrevivência, que vão muito além de ações práticas de controle e organização de fluxo migratório”, complementa Camila.
Durante a audiência, as entidades se comprometeram em relatar à CIDH suas experiências com o trabalho desenvolvido com a população venezuelana em diferentes países do Caribe, América do Norte, América Central e América do Sul.
O encontro foi organizado pelo grupo de organizações de base na Venezuela, América do Sul, América Central, Caribe e Estados Unidos composto por 20 entidades.